Em Guapimirim uma enxurrada arrastou banhistas que se divertiam numa cachoeira.Em Florianópolis, uma tromba d'água assustou banhistas de várias praias da região.
Em Guapimirim, Região Metropolitana do Rio, uma enxurrada arrastou turistas que se divertiam numa cachoeira, dia 9 de março de 2008, deixando seis mortos. Mas além da tragédia, a definição do fenômeno que causou as mortes provocou estranheza: seria uma tromba ou uma cabeça d'água?
O chefe do Laboratório de Meteorologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense, Valdo Marques, explica que a tromba d’água é a chuva forte que cai localizada, por no máximo meia hora, e que provoca enchente na cabeceira de um rio. Exatamente como aconteceu no caso de Guapimirim.
Já a cabeça d’água é um fenômeno proveniente da chuva que cai em um determinado lugar, principalmente em serras, e aumenta o nível de água, podendo provocar uma enchente. Este tipo de fenômeno se forma quando há forte calor e alta umidade do ar.
“Pode até estar fazendo sol em alguma parte do rio, mas se na cabeceira estiver chovendo, essa água pode descer pela nascente com muita intensidade e ir arrastando tudo que vê pela frente, como foi o caso da cachoeira no Rio Soberbo, no município de Guapimirim”, explica.
Outro tipo de tromba d'água
De acordo com ele a tromba d’água também acontece quando há uma massa de nuvens rodopiantes sobre o oceano. A velocidade dos ventos, que pode chegar a 100 km/h, “suga” a água e provoca um funil em movimento. É um redemoinho de vento igual aos tornados, só que ocorre sobre grandes porções de água, como mares, rios e oceanos.
Sistema de alerta contra cabeças d’água evita tragédia no PARNASO
No domingo, dia 9 de março de 2008, uma cabeça d'água de grandes proporções atingiu o rio Soberbo, que nasce no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, e matou sete pessoas em cachoeiras próximas ao Parque. O sistema de alerta operado pelos vigilantes do PARNASO evitou que cerca de 50 pessoas que se banhavam nas cachoeiras da Sede Guapimirim fossem atingidas.
A cabeça d'água é um fenômeno natural que ocorre quando chove muito na cabeceira de um rio e um volume grande de água se acumula e desce o rio com grande força. As cabeças d’água do rio Soberbo estão entre as mais significativas do país em função do relevo da região, como explica o chefe do , Ernesto Viveiros de Castro: ”o relevo do vale do Soberbo faz com que a drenagem das águas da chuva escoem rapidamente para a estreita calha do rio. Em situações de grande precipitação esta água desce como uma onda. É como se fosse um grande funil concentrando a água de uma grande área em uma saída estreita”. Como agravante, esta área apresenta os maiores índices de precipitação do estado do Rio de janeiro, chegando a 3.600 mm anuais.
Os banhistas que estavam nas cachoeiras do Parque Nacional da Serra dos Órgãos foram salvos pelo sistema de alerta operado por vigilantes e funcionários do Parque. As chuvas nas cabeceiras da serra são monitoradas por funcionários no abrigo de montanha e, em caso de alerta, vigilantes evacuam os banhistas dos rios Soberbo e Paquequer. Este sistema salvou dezenas de vidas no último domingo, quando os visitantes foram avisados por meio de apitos e gritos de alerta e deixaram as cachoeiras momentos antes da cabeça d'água passar. Além disso, a área do Parque apresenta sinalização de alerta e orientação sobre cabeças d'água e outros riscos.
Como se prevenir:
Um comentário:
Woooowww!!! Esse blog também é cultura. Dessa eu não sabia, achava que era a mesma coisa.
Abs
Levi Rodrigues
www.cordadainfinita.blogspot.com
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