quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Serra da Bocaina - Trilha do Ouro

Recentemente recebi um e-mail de um companheiro excursionista solicitando informações sobre a Trilha do Ouro. Felizmente ele achou no meu antigo site, o Campo de Altitude, um texto sobre este roteiro (o qual eu reproduzo a seguir). É uma travessia bastatnte conhecida porém muito desgastante. Quando fui pela primeira vez fui alertado pelo Marcelo, que também participa deste blog, de que o "negócio era feio", não acreditei nele e fui conferir com meus próprios olhos. Me arrependi amargamente... A dose de camelação é muito maior que a de curtição, mas se conselho fosse bom... Vá conferir você também, hehehehehe...
Confira o texto:
O Parque Nacional da Serra da Bocaina estende-se pelos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro os quais comportam respectivamente 30% e 70% de suas terras. O principal atrativos para os excursionistas neste parque é o percurso da Trilha do Ouro, caminho alternativo utilizado pelo Império pelo qual se transportavam, por meio de mulas e escravos, diversas mercadorias, além de ouro é claro, com destino aos portos. Este percurso se dá entre cachoeiras e paisagens maravilhosas e pode ser feito em três dias tomadas as devidas precauções que você poderá conferir no decorrer deste texto (que já é um pouco antigo, confirme os telefones antes de ir e se algo não condizer mais com a realidade, por favor me avise para que eu mude aqui).Antes de tudo:
Antes de qualquer coisa é necessário frisar que a pessoa que estiver motivada a percorrer esta trilha, bem como qualquer outra, deve ter conhecimento básico em excursionismo, deve possuir os equipamentos essenciais e também deve estar a par do rumo a ser tomado por meio de um mapa ou do acompanhamento de um guia. Observado estes aspectos será necessário que você solicite uma autorização para adentrar o parque a qual deverá ser enviada com antecedência dentro dos conformes que o parque exige. Para saber detalhes sobre a autorização faça contato com o Parque Nacional da Serra da Bocaina no seguinte endereço:
Rodovia Estadual da Bocaina (SP-221) - Centro
12830-000 - São José do Barreiro - SP
Telefax: (12) 577-1225
e-mail: pnsb@fastnet.com.br

Como chegar a São José do Barreiro (compre um GPS ou...):
Rodovia Presidente Dutra sentido SP-RJ
Pela rodovia Presidente Dutra, no quilômetro 8 entre na cidade de Queluz e siga pela estrada dos Tropeiros. Chegando a esse ponto não tem erro, qualquer pessoa te indicará o caminho e para São José do Barreiro a distância será de 35 Km.
Via ônibus
Viação Manejo, saindo de Resende às 06h /16h (de segunda-feira à sábado) e 07h /14h (domingos e feriados). Viação Pássaro Marron, saindo de São Paulo às 16h30 (de domingo à sexta-feira)/07h (somente aos sábados). Viação Pássaro Marron, saindo de Aparecida às 06h/11h/18h. Viação Pássaro Marron, saindo de Cruzeiro às 06h30/11h30/15h15/23h30.

Primeiro dia - Chegada a São José do Barreiro
Chegando a praça central desta cidade você se deparará com caminhonetes que transportam, mediante pagamento de 100 a 120 reais em média, os grupos até a portaria do Parque pois, do centro de São José do Barreiro até lá são 28 quilômetros de estrada pedregosa. O ideal é que você já tenha reservado um transporte com antecedência.
Transcorrido este percurso inicial você deverá se identificar de acordo com a autorização que enviou com antecedência, na portaria do parque. Após este procedimento a caminhada irá começar de fato.


Portaria do Parque
A trilha não é de difícil navegação, é praticamente uma estrada em grande parte do percurso só ficando mais cerrada ao seu final. Mesmo assim é aconselhável que você consiga um mapa só para se garantir.
Cachoeira Santo Izidoro
A partir da portaria do parque, logo após uns vinte minutos de caminhada chega-se a cachoeira Santo Izidoro (indicada por uma placa). Para chegar a ela você deve sair da trilha e descer por uma encosta protegida com corre-mãos improvisados para chegar até um lago onde poderá vislumbrar o visual da magnífica queda d'água. A água é extremamente gelada!

Ponte no começo da trilha
Continuando a trilha, mais adiante você chegará a cachoeira das Posses a qual conta com uma clareira para acampamentos (existe a ruína de uma casa nesse lugar), entretanto, caso ainda não tenha passado das 15:30hs. e ainda tenha disposição para andar mais umas duas horas você chegará a Fazenda Barreiro com área para camping, comida caipira, banho quente e refrigerantes, caso goste de mordomias. Neste trajeto você se deparará com um bifurcação indicando a sua direita o caminho que leva ao Hotel do Veado. Se, como eu, você não achar este nome nada sugestivo, siga pela esquerda que é o rumo correto. Pelo caminho você verá uma placa indicando a fazenda Barreiro que fica a direita da próxima bifurcação que com certeza despertará dúvidas.
Obs: Seguindo pelo Hotel do Veado você pegará uma variante do percurso e continuará na trilha porém não passará na Fazenda Barreiro.
Assim é grande parte da trilha
Segundo dia - O ataque dos micuins malditos
O ideal é começar a caminhada no máximo as 8 da manhã. Siga o trajeto com destino a cachoeira do veado que fica a cerca de 10 ou 12 quilômetros. Este trajeto, como eu já disse antes, não tem nenhuma dificuldade navegacional mas um croqui é aconselhável para garantir a tranqüilidade do passeio. Após uma boa caminhada, com um bom trecho sem água chega-se as margens do rio Mambucaba onde se terá a chance de acampar perto de uma fazendinha (banho quente, aluguel de mulas, comida, refrigerantes, etc) ou de seguir por mais uns 10 minutos, atravessar uma ponte e acampar ao lado da cachoeira dos veados. Nesse acampamento esteja atento ao fato de que como a área também é utilizada para a pastagem de gado a grama está infestada de micuins e carrapatos, por isso evite andar descalço ou entrar em contato direto com a grama.

Terceiro dia - Haja pernas para andar tanto
Terceiro dia é camelação pura porém com muitas cachoeiras, descidas e trilha coberta por vegetação. Da cachoeira dos veados até a segunda ponte pênsil no vila de Perequê são aproximadamente 3 horas de caminhada com um bom ritmo. Saindo do acampamento da cachoeira dos veados você deve virar a esquerda antes da porteira e atravessar o rio Mambucaba por meio de uma ponte improvisada, após esta ponte vai subir por uma trilha até chegar a uma encruzilhada que deverá ser seguida pela direita, deste ponto em diante as descidas predominam até a chegada em Perequê.

Cachoeira: uma dentre muitas
Atenção: Chegando a ponte pênsil de Perequê, a menos que você tenha contratado alguma carona pra te resgatar você terá de andar mais 10 quilômetros até o ponto de ônibus. Portanto procure contratar uma caminhonete que te leve até a portaria do parque e que depois te busque na saída. Visto que esse processo custa em média 250 reais, num grupo de 4 pessoas a quantia a ser paga de 62,50 por cada um valeria a pena.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi, meu nome é Filipe. To morando um tempo em jundiaí, e to precisando de ajuda para achar as trilhas!! tem como vc´s me darem uma ajuda?
meu email é: filipe_x2@hotmail.com

muito obrigado.
ahh, essa travessia da serra dos orgãos é muito showw, eu tb ja fiz!

Carlos pensamentos disse...

Vou fazer a trilha no feriado do dia 21 de abril 2009, minha duvida é da pra conseguir em São José do Barreiro caminhonetes de ida e volta, vc tem algum telefone de lá?

Anônimo disse...

Ola!
Pretendo fazer a Trilha do Ouro no mes que vem. Alguem tem o mapa? Vi em algum lugar que tem um mapa numa papelaria la em SJB. Alguem pode confirmar essa info?
Sandra 11-9504-9319