Poderia se definir o rapel como um sistema de descida por corda, idealizado para evitar os perigos e freiar a mesma, ou seja, desde alguma montanha previamente escalada ou uma parede, ou mesmo baixar ao curso das explorações subterrâneas. O certo e que o rapel na escalada se remonta a tempos recentes, sendo o sistema Dulfller e o Comichi dois claros exemplos de como o alpinista clássico rapela os itinerários escarpados dos Alpes.
Evidentemente foi nas ultimas décadas que o sistema de rapel deu um giro definitivo com o surgimento dos arneses pélvicos (cadeirinhas) e os equipo de freio. Por isso na atualidade o rapel é uma técnica auxiliar que brinda grandes soluções ao escalador mais que apesar de sua notável evolução, sua pratica segue causando motivos de numerosos acidentes em todos os campos da escalada.
De uma evolução primaria se desprende a seguinte conclusão: Avaliação inadequada da resistência das ancoragens que compõem a instalação do rapel. Erro na aplicação da técnica de descenso em rapel. Podemos considerar que o primeiro campo é mais especifico para o escalador de terrenos de aventura, alpinistas que devem procurar em muitas ocasiões sua própria instalação mediante a colocação de peças moveis, pitons, ancoragens naturais de rocha ou vegetais, pontes de gelo ou mortos de neve (ancoragem feita com objetos enterrados). Em outras ocasiões deverá rapelar seguindo linhas previamente equipadas, muitas vezes sem ancoragens fixas. Em ambos os casos, seja rapelar sobre uma nova instalação ou reparar uma instalação antiga, o escalador estará realizando uma tarefa de grande compromisso, onde a correta avaliação da resistência da instalação do rapel é certamente vital. No segundo campo alcançar todas as praticas da escalada e onde vamos aprofundar nesta nota, na aplicação correta de uma técnica de descenso no rapel. Os que praticam escalada há muito tempo executam o rapel com técnicas muito diferentes, explorando sistemas e copiando receitas de manuais.
A técnica que aqui se apresenta vem de um modelo que se aplica na atualidade nos curso de formação de guias de montanha UIAGM na Europa e Argentina.
Conecta-se a Daisy Chain diretamente ao arnês, ou passar-lo com um nó que não permita que deslizamento.
A Daisy pode fixar-se ao anel de serviço do arnês, ou passá-lo através do olho do cinturão e das perneiras.
Coloca se no extremo da Daisy um mosquetão com trava automático. Para evitar que este mosquetão se saia do ultimo anel da Daisy recomenda se colocá-lo com uma borracha de costura Express.
Utiliza-se como freio algum dispositivo que favoreça a separação e o transado da corda. (Reverso, GiGi, ATC). Este freio coloca se no segundo ou terceiro anel da Daisy conectando mediante um mosquetão com trava.
O cordim para o sistema auto-bloqueador recomenda-se que seja de Kevlar de Cinco mm. Devido a sua maior resistência a temperatura. Um nó auto blocante que se desliza por uns minutos sobre a corda, coisa que pode acontecer, pode alcançar temperaturas tão elevadas que no caso do nylon e ainda mais de polietileno, comprometeria muito sua resistência.
Este cordim (de uns 120 cm) une-se em suas extremidades mediante um nó cego duplo (recomendado para unir o Kevlar.
Este cordim conecta se a um mosquetão com trava através de um nó UIAA e este mosquetão por sua vez conecta se a o anel de serviço do arnês.
Desta maneira o sistema auto-blocante nunca se desconecta do arnês ao utilizar como nó de auto bloqueo o Machard.
Desta forma o sistema de freio encontra se separado do corpo de escalador, permitindo observar claramente sua colocação ainda com anorak e mochila. Por outra parte ao separar o freio do corpo, este adquire uma postura ligeiramente mais erguida, especialmente favorável quando se rapela com mochila.
Por ultimo ao colocar o freio encima do sistema auto-blocante se garante a possibilidade de desbloquear o nó em qualquer situação ao receber este tensão controlada pelo freio.
1 - Auto-segurar a instalação mediante Daisy Chain.
2 - Preparar as cordas e decide se realiza um nó em suas pontas. (considero oportuno realizar um nó nas pontas de cada extremo quando não se tem certeza se o rapel chegará a outra instalação ou ao piso).
3 - Aplicar o sistema de nó auto-blocante (Machard).
4 - Colocar o freio.
5 - Tirar o auto-seguro.
6- Rapelar controlando a velocidade com o nó Machard.
7 - Auto-segurar na próxima base.
8- Desmontar o freio.
9 - Desmontar o sistema auto-blocante. (O primeiro que rapela pode permanecer com o sistema instalado para exercer um controle sobre os outros que rapelam e para ter controle sobre a corda em rapeis diagonais).
5 comentários:
Excelente matéria Miltão!!! Parabéns!!!
Abraço
boa matéria ! gostaria só de deixar os meus 2 cents.
sempre utilizo um esquema de rappel seguro, e já tive algumas vezes em que o machard embolou e eu acabei me complicando com a coisa. Recomendo fazer um nó prussik este não corre o risco de embolar.
Muito bom o texto. Eu fiz uma materia com um conteudo muito semelhante, e até tem um videozinho... que quiser ver :
http://www.marski.org/index.php?option=com_content&view=article&id=156:backuprapel&catid=3&Itemid=22
Abs e boas escaladas,
davi marski
Oi Pessoal,
Boa tarde.
Estamos atualizando a lista de blogs do Mountain Voices, que já tem mais de um ano, portanto estamos fazendo uma limpeza, acrescentando e deletando alguns que são de pouca utilidade e conteúdo. O Azimutantes permanecerá na lista.
Gostaria de pedir que vocês retribuissem o link para o próprio Mountain Voices: http://www.mountainvoices.com.br
Boas escaladas.
Eliseu Frechou - Guia de Montanha
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Meus editores queridos, assim vocês me dão orgulho! Vou até dar um super up-grade nesse blog logo, logo. Vamos tacar uns javas aí!hahahahahaha...
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