Pequeno clipe que o Miltão editou com as fotos da escalada de onten na Pedra do Baú em São Bento de Sapucaí, SP.
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
A múmia da Chaminé Gallotti
Ontem, pela manhã, três membros do Club Excursionista Carioca, ao tentarem escalar o Pão de Açucar, pelo lado do mar, por um ponto ainda não explorado, depararam com um quadro macabro. Numa das pequenas fendas que se ligam ao corte principal, denominado pelos audazes alpinistas de “chaminé Galotti”, em homenagem ao senador Galotti, amigo e adminrador dos componentes do Club, os excursionistas Antonio Marcos de Oliveira, morador à Rua Real Grandeza n 188 e Tadeusz Hollup, residente à rua Monte Alegre n. 39, juntamente com o guia Ricardo Menescal, morador na Av. Copacabana n. 664, ap. 201, descobriram um corpo completamente mumificado.
Um sapato de mulher
A reportagem de A NOITE, informada do ocorrido, entrou imediatamente em ação, comunicando-se com o guia do grupo, Ricardo Menescal, que nos relatou o tétrico achado em detalhes.
– Há algum tempo, principiou estudarmos a possibilidade de escalarmos o Pão de Açucar po rum ponto ainda não explorado e, no domingo retrasado, estivemos no ponto mais elevado, isto é, no cume, examinando e esudando as possibilidades. Ontem, resolvemos levar a efeito a tentativa e, depois das 7 horas, encontramo-nos, eu e meus dois companheiros, na praça existente na Praia Vermelha. Dali, conduzindo grampos, martelos, brocas e outros petrechos técnicos, dirigimo-nos para a mata que circunda a base do cume a ser escalada. Costeamos o paredão que o circunda. Ali encontramos um sapato de mulher, um tanto carcomido pelo tempo. Com o achado, surgiram as pilhérias, e com estas uma fictícia busca para o encontro do corpo de uma mulher. Tudo, entretanto, não passava de simples brincadeira. Mal sabiamos que, posteriormente, estaríamos em asento frente à frente com uma realidade chocante.
Impressionante mistério numa fenda do Pão de Açucar
Preso pelo queixo – seriam 11,30 horas quando Antonio Marcos, tentando passar para uma outra fenda, deparou com um quadro brutal, chocante.. Um cadáver, trajando apenas um “pullover” branco, estava no interior da fenda, em posição vertical, dependurado numa saliência, pelo queixo.
Antonio Marcos deu alarma, gritou pelos companheiros.
– Custamos a atendê-lo, pois, momentos antes, haviamos brincado, como disse, em torno do encontro do sapato de mulher. Ante o seu nervosismo insistente, porém, resolvemos acompanhá-lo, deparando-se-nos, então, a todos três, com o quadro impressionante.
Um botão descomunal – Nenhum papel, ou qualquer outra peça do seu vestuário, a não ser o “pullover”. Entretanto, próximo ao local, mesma na fenda, consegui divisar o botão branco, de tamanho pouco vulgar. A meu ver, acrescentou, dada a proximidade em que se achava, deve existir alguma relação entre ele e o cadáver.
Características do morto – O corpo, pode-se dizer, segundo nos relatou o alpinista do Club Carioca, está completamente mumificado, em alguns lugares, descarnado.
Fato Curioso – acrescentou – a princípio julgamos tratar-se de um corpo de mulher, pelos longos cabelos que caíam sobre os ombros, balouçando levemente ao sopro da brisa do marítima.
O local é de difícil acesso e, para um exame mais acurado, tivemos que nos manter suspensos pelas cordas. O corpo, como já relatei, apresenta cabelos compridos, castanhos. No queixo uma pequena barba, e o nariz, arrebitado.
Marcado o local – finalizou – descemos após um rápido almoço, e imediatamente comunicamos o fato ao comissário Mauro, de dia na delegacia do 3º distrito policial.
Indivíduo Jovem
Após a entrevista com Ricardo Menescal, que nos obsequiou ainda com um gráfico do local escalado, bem como o ponto em que foi encontrado o cadáver, palestramos ligeiramente com Antonio Marcos, outro jovem excursionista e que foi o primeiro a divisar o corpo. Disse-nos que, na ocasião, supôs tratar-se de uma mulher, aliás jovem, dado o aspecto geral do cadáver.
Entretanto, olhando mais detidamente, verificou pela barba, tratar-se de um ente do sexo masculino. Qaunto ao botão encontrado, pensa que o mesmo pertença a uma peça do vestuário do morto, muito embora tenha sido encontrado um pouco mais acima, onde também divisou alguns cacos de um prato, o que lhe trouxe maior confusão em torno do estranho achado.
Finalmente, Tadeusz Hollup o terceiro do grupo de jovens alpinistas, confirmou as declarações de seus companheiros, dizendo-se ainda disposto a enfrentar outra escalada, o que se verificará na manhã de hoje.
Bombeiros e polícia
Ao local acorreu a turma do Serviço de Proteção do Corpo de Bombeiros, chefiada pelo 2º tenente Manoel Luiz da Silva, que, dada a hora tardia, resolveu transferir os trabalhos de escalada para a manhã de hoje, de acordo com a autoridade policial encarregada do caso.
Fonte: Jornal A NOITE (19 de setembro de 1949 – segunda-feira)
– transcrição da matéria publica no Jornal A NOITE, de 19 de setembro de 1949 (segunda-feira), 1ª e 2º páginas.
foto: Utaro Kanai (Jornal A NOITE)
Pesquisa: Acervo da Biblioteca Nacional
por Claudio Aranha
Fonte: http://victortrotamundo.wordpress.com
Por: M.Marques
milton@mxb.com.br
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Conquista da via Erupção - Andradas MG
"Depois de alguns meses, ontém (12/Setembro/2010) rolou o final da Conquista da via Erupção - 5 VISup E2 175 metros - Pedra do Elefante - Andradas MG.
A via inicia em proteções fixas (+/- 20m - V) e depois entra em uma fenda de aproximadamente 80 metros de muito equipo móvel (VI - VISup), seguido por mais uns 75 metros de V - VISup com proteções fixas, conquistado em estilo clássico - de baixo p/ cima."
"Em breve disponibilizaremos o croqui e uma matéria/relato da conquista."
A postagem completa estará breve disponivel!!
Parabens!
Weber & Cia....
Por: M.Marques
milton@mxb.com.br
A via inicia em proteções fixas (+/- 20m - V) e depois entra em uma fenda de aproximadamente 80 metros de muito equipo móvel (VI - VISup), seguido por mais uns 75 metros de V - VISup com proteções fixas, conquistado em estilo clássico - de baixo p/ cima."
"Em breve disponibilizaremos o croqui e uma matéria/relato da conquista."
A postagem completa estará breve disponivel!!
Parabens!
Weber & Cia....
Por: M.Marques
milton@mxb.com.br
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Ohne Dich.
Esse vídeo merece ser postado aqui, demonstra com clareza o verdadeiro espírito do montanhismo. Assista até o final.
Com os cumprimentos do nosso "hermano" Miltão.
Com os cumprimentos do nosso "hermano" Miltão.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Raridade em vídeo.
Navegando hoje pelo Youtube tive a oportunidade de me deparar com um vídeo sobre o Dedo de Deus, aparentemente do princípio da década de 1980 que retrata uma escalada a Via Leste de forma sensacional, narrando de forma emocionante a verdadeira essencia do real Montanhismo, ou seja da relação de não competitividade, de contemplação a Natureza e do companheirismo. O vídeo é de criação de Cristiano Requião, confiram:
segunda-feira, 30 de março de 2009
Andradas...
...de “Elefantes”, “Tigres”, “Bois”, “Pântanos” e muita escalada clássica e esportiva.
CAPÍTULO 1 - “O IMPONENTE ELEFANTE”.
A apenas 220 km de São Paulo, em pleno portal do Sul de Minas, encontra-se a pacata cidade de Andradas.
A cidade que é conhecida pela suas vinícolas e tradicionais vinhos do Sul de Minas, vem a cada dia se consolidando como um dos principais pólos de escalada do Sul de Minas, e é claro que através desta combinação perfeita (vinho pós-escalada) fomos até lá para conferir.
Através de ótimas recomendações de amigos escaladores “capiar” do interior de São Paulo, procuramos pelo Henrique Lima guia local e proprietário do Abrigo de Montanha do Velho, abrigo este que fica na base da Pedra do Pantano (ótima opção de escalada que falaremos em breve em um novo post). Antes de partir rumo à Andradas, obtivemos valorosas informações com o Henrique através do seu Orkut (Profile: Abrigo do Velho).
Eu, o Juliano Bolani e o Alex Feijó partimos para Andradas em uma sexta-feira, a princípio chegaríamos a Andradas pela madrugada de sábado e iríamos até a Pedra do Elefante, onde existem as melhores vias Clássicas da região. Contudo, antecipamos nossa ida e chegamos na noite de sexta-feira, “dormimos” no carro em frente ao Abrigo do Velho, acordamos o Henrique pela manhã (6:30hs). E daí começou todo o ótimo atendimento do Henrique, vulgo “Velho”. Ele logo preparou um café master plus turbo para tomarmos e em seguida partirmos para as escaladas na Pedra do Elefante.
A Pedra do Elefante:
Frequentemente conhecemos e escalamos paredes que recebem nomes que para você realmente entender o porquê do nome, você tem que ficar viajando para tentar enxergar a tal figura, ou então você fica de longe da estrada vendo a pedra e pensando: “não... quando avistarmos a outra face entenderemos o significado do nome (...)” exemplos destes nomes de pedras que eu fico até hoje tentando entender são: pedra da “Caveira” – Itatiaia RJ, pedra do “Cachorro” - Brejo da Madre de Deus PB etc.
Já na Pedra do Elefante, é surpreendente. Logo pela noite, quando vínhamos de carro pela estradinha de terra batida do Bairro Pantano, entendemos o porquê do nome “Elefante”, fomos gratificados pela belíssima imagem da pedra em formato idêntico a um imponente elefante. Se eu estivesse na África, com certeza eu sairia correndo de medo do bicho.
Naquela noite a pedra estava iluminada pela lua cheia. A pedra brilhava como um “neon” na escuridão, a cena é “indescritiva”, só vendo para entender do que estou falando, na foto não saiu nada, à não ser a escuridão da noite. Então tem que ir até lá em plena lua cheia. Heheh... e não esqueçam de me convidar.
Para chegar até a base da Pedra do Elefante, fizemos uma belíssima caminhada de aproximadamente 1h30min por uma estradinha de terra que dá acesso aos altos cafezais mineiro e depois pegamos uma curta trilha até a base que dá acesso às mais muitas vias de escalada Clássica com até 350 metros de escalada, variando do 3º grau até o VISup.
Foto: Trilha para a Pedra do Elefante - Vista da "Tromba" do Elefante
Nesta ocasião entramos nas vias mais tradicionais da Pedra, são elas, “Era do Gelo” (4 V E2 150metros) e “Vulcano” (5 VSup E1 180metros), duas ótimas vias Clássicas.
Definimos as duas duplas onde planejávamos escalar as vias Era do Gelo (4 V E2 150 metros ) e Vulcano (5 VSup E1 180 metros ). O Alex Feijó (Vulgo Cabelo/“Véio”) e o Henrique Lima (do Abrigo do Velho – Vulgo Velho) entraram na via Era do Gelo. Eu (Weberson – Vulgo “são tantos que não sei o que colocar aqui”...) e o Juliano Bolani (Vulgo Costelinha/ Jbolani) entramos na Vulcano. 
Alex (no alto) fazendo Segurança para o Henrique na 2ª cordada via Era do Gelo
Na via Era do Gelo o Alex e o Henrique não tiveram dificuldades, contudo na Vulcano, o Juliano Bolani depois de aproximadamente 90 metros de rocha acima (na terceira cordada) logo após o crux da via, levou uma “vaca” de aproximadamente 10 m etros . Foi muito de bobeira, pois ele acabou saindo um pouquinho do traçado da via, escorregou e caiu. Na queda ele bateu com o tornozelo em um pequeno platô, dificultando sua guiada. 
Weberson (capacete laranja) fazendo segurança para o Juliano - Via Vulcano 2ª cordada
Após muita conversa, decidimos que o melhor era o Juliano descer para eu guiar a terceira cordada. Logo que ele começou a descer o tempo que já estava fechado, veio bem de encontro conosco, mandando uma chuva tremenda, impedindo nossa subida ao cume.
Segue breve relato sobre a escalada na Era do Gelo e na Vulcano.
Via Era do Gelo (4 V E2 150metros) – Leve 10 costuras, friends pequenos e corda de 60 metros .
Alex guiando a 3ª cordada na via Era do Gelo
Primeira cordada: III grau, 28 metros , uma chapeleta e 3 friends pequenos;
Segunda: V grau, 25 metros , 5 chapeletas e um friend pequeno (muito cuidado para não sair da via após a terceira chapeleta desta cordada, pois existe uma variante O Homem Elefante);
Terceira cordada: IV grau, 25 metros , 2 chapeletas (via segue um pouco para a direita) – cuidado para não pular chapeletas, pois elas estão da cor da pedra (O Alex passou por uma e guiou um bom trecho sem proteção);
Quarta cordada: V grau, 6 chapeletas (seguir pela linha lógica da via);
Quinta cordada: muito parecida com a 4ª cordada só que são 5 chapeletas;
Sexta e última cordada: III grau, 25 metros , 2 chapeletas. Acesso ao cume.
Via Vulcano (5 VSup E1 180metros) – Leve 15 costuras, pelo menos 4 costuras longas (bem longas, ou monte costuras com fitas tubulares de 50 cm ) e corda de 60 metros .
*Atenção à via não possui rappel após a primeira parada (P1). O rappel deve ser feito pela via Era do Gelo. ** Com chuva, tivemos que “desescalar” aproximadamente 60 metros , recuperando as costuras, e quando chegamos na parte mais vertical, abandonamos uma malha rápida para rapelar até a primeira parada, onde tem grampos P’s para rapelar.
Auto-foto: Weberson na Vulcano 3ª cordada e a Chuva chegando.
O crux da via esta na terceira enfiada, em um lance de poucas agarras (meu parceiro Juliano Bolani passou o crux, mas acabou desviando um pouquinho do traçado e acabou levando uma “vaquinha” de pelo menos uns 10 metros ), mas depois de dominado segue com boas agarras. É nesta terceira cordada que a via sai da grande canaleta na pedra, o que gera um pouco de abalo psicológico, pois você estará escalando facilmente pela canaleta (IV grau), e depois sai para a parede vertical um pouco mais exposta (V Sup).
Juliano guiando a 3ª cordada na via Vulcano
A via também da acesso ao cume, e é composta por 4 grandes cordadas de aproximadamente 50 metros cada.
Primeira cordada: sem grande dificuldade, IV grau, 28 metros , 3 costuras;
Segunda cordada: entrada na canaleta à direita, seguir sempre pela canaleta, IV grau, 50 metros , 6 costuras (parada em um P e uma Chapeleta);
Terceira cordada: crux da via está entre a segunda e a terceira chapeleta (fazer uma pequena travessia e mandar reto para cima em direção das chapeletas), V Sup, 50 metros , 7 costuras (parada em duas chapeletas);
Quarta e última cordada: seguir a linha reta da via dá um pouquinho de trabalho para entrar na cordada, mas depois de dominado segue tranquilo em linha reta, IV grau, 50 metros , 6 costuras (parada em duas chapeletas).
Enfim, vale a pena conhecer as escaladas na Pedra do Elefante em Andradas, Sul de Minas MG.
E quando forem até Andradas, não deixem de contatar o Henrique Lima do Abrigo de Montanha do Velho, pois o cara é muito brother, montanhista de coração e alma.
Até as próximas escaladas, aguardem as outras matérias das escaladas e montanhas “Azimutantizadas”.
OBS: Visitantes participem do Blog ai no campo “PAPO FURADO”, façam comentários, sugestões de matérias etc.
Bons ventos em 2009 e nos encontramos na rocha!!!
Weberson Martins
weberson_martins@hotmail.com
Contatos para Hospedagem, Alimentação, Guias Locais, Como Chegar ou qualquer outra informação:
Abrigo de Montanha do Velho: (19) 9109-3656 / (19) 3861-0043 - Henrique Lima
No Orkut / Profile: Abrigo do Velho ou Henrique Lima.
Encontre o croqui e o traçado das vias no site: www.abrigodopantano.com.br (Obs.: este site NÃO é do Abrigo de Montanha do Velho).
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Direto do túnel do tempo.


terça-feira, 1 de abril de 2008
A “vaca” nossa de cada dia.
Lá está você, acaba de passar o crux da via, encaixa a costura com uma baita dificuldade, com a perna tremendo igual na máquina de costura da avó, pois parece que o cara que abriu a via tinha dois metros e meio de altura, aí puxa aquele montão de corda para clipar, quando de repente “crek”, aquela agarrinha que você estava pinçado se quebra. Aí pra variar sua perna enrosca na corda, cambalhota, capacete batendo na pedra, vixi... Isso é uma senhora vaca!
Quem de nós, num lance meio exposto ou num esticão já não deu aquela parada, olhou para baixo lá onde colocamos a última costura e pensamos: “Putz, se eu cair agora eu to ferrado...” ou “Será que vai aguentar?” ou mesmo “O que eu estou fazendo nessa BAGAÇA!” . Não tem jeito macacada, se você quer escalar você VAI LEVAR VACA, a menos que você passe a vida escalando no top-rope ou indo nas escaladas só pra dar “seg” pra galera.
Mas não é só iniciante que tem esse problema não, muita gente que já escala quando fica muito tempo de molho quando volta acaba dando sinais de “encagaçamento” , sim esse é o termo que gosto de utilizar. Mas a pergunta que fica no ar é a seguinte: Como “desencagaçar” um escalador cagão? hahahahahahaha... Bem, existem várias formas, mas o quesito principal para escalar sem cagaço é confiar na resistência e funcionamento do equipamento e no seu parceiro de escalada, sem isso não tem jeito, só se o cara for um Dan Osman da vida. Escalar sempre, é outra forma de gradualmente vencer o cagão que existe dentro de você! hahahahahaha... Procure sempre escalar vias que já fazia em top, mas agora guiando. Faça uma boa leitura da via antes de guiar, tentando identificar alguma passagem crítica e quando estiver escalando preocupe-se sempre com o que está pra cima, sem demorar, sem parar para pensar muito. Num momento mais oportuno iremos expor nesse blog algumas dicas valiosas para afiar os nossos nervos para as guiadas mais complicadas, mas por enquanto fiquem com esses vídeos com umas vacas deliciosas. E deixe de ser cagão, toca pra cima!
Quem de nós, num lance meio exposto ou num esticão já não deu aquela parada, olhou para baixo lá onde colocamos a última costura e pensamos: “Putz, se eu cair agora eu to ferrado...” ou “Será que vai aguentar?” ou mesmo “O que eu estou fazendo nessa BAGAÇA!” . Não tem jeito macacada, se você quer escalar você VAI LEVAR VACA, a menos que você passe a vida escalando no top-rope ou indo nas escaladas só pra dar “seg” pra galera.
Mas não é só iniciante que tem esse problema não, muita gente que já escala quando fica muito tempo de molho quando volta acaba dando sinais de “encagaçamento” , sim esse é o termo que gosto de utilizar. Mas a pergunta que fica no ar é a seguinte: Como “desencagaçar” um escalador cagão? hahahahahahaha... Bem, existem várias formas, mas o quesito principal para escalar sem cagaço é confiar na resistência e funcionamento do equipamento e no seu parceiro de escalada, sem isso não tem jeito, só se o cara for um Dan Osman da vida. Escalar sempre, é outra forma de gradualmente vencer o cagão que existe dentro de você! hahahahahaha... Procure sempre escalar vias que já fazia em top, mas agora guiando. Faça uma boa leitura da via antes de guiar, tentando identificar alguma passagem crítica e quando estiver escalando preocupe-se sempre com o que está pra cima, sem demorar, sem parar para pensar muito. Num momento mais oportuno iremos expor nesse blog algumas dicas valiosas para afiar os nossos nervos para as guiadas mais complicadas, mas por enquanto fiquem com esses vídeos com umas vacas deliciosas. E deixe de ser cagão, toca pra cima!
domingo, 23 de março de 2008
Daisy Chain: Usar ou não?
Um equipamento primordial de escalada é a solteira. Grosso modo é uma pequena corda ou fita atada a cadeirinha do escalador que se presta a ancorá-lo nas paradas. Alguns usam fitas tubulares, outros usam um pedaço pequeno de corda dinâmica (como eu) outros usam corda com "gi-gi" (uma plaqueta da Kong) para ajustar o comprimento da corda e alguns outros se utilizam da daisy chain, uma fita com diversos aneis que permite que a comprimento seja regulado entre o escalador e a parada. Apesar da polêmica que gira em torno desse equipo, o que fez com que muita gente abandonasse esse apetrecho, não posso negar que a daisy chain é bem prática devido a facilidade em se ajustar e respeito o critério de cada um em utilizá-la ou não pois se utilizada somente com um mosquetão deixa uma margem muito grande para erro que, em caso de algum tranco na mesma, pode estourar os anéis e desconectar o escalador.
Veja o vídeo a seguir e tire as suas conclusões:
Veja o vídeo a seguir e tire as suas conclusões:
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1 comentários


Coisas interessantes no Youtube!
Pensando em gravar com os Azimutantes alguns vídeos didáticos para colocar no blog acabei achando exatamente isso no Youtube, são uns gringos passando dicas de posicionamento, técnicas e progressão na rocha. São vários vídeos encontrados quando se digita "Rock Climbing Techniques" na busca do Youtube. Muita coisa legal para relembrar, aprender e reaprender. Abaixo vou expor dois deles, mas tem muito mais no Youtube. Mas fica valendo o meu aviso de umas postagens atrás, ninguém é dono da verdade e nada substitui um curso presencial por um instrutor capacitado para tal.
Obs: Eu havia colocado dois vídeos do Youtube aqui mas eles foram tirados do ar, para ver os vídeos relacionados a este post é só clicar aqui.
Obs: Eu havia colocado dois vídeos do Youtube aqui mas eles foram tirados do ar, para ver os vídeos relacionados a este post é só clicar aqui.
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Escalar para que?
Depois de assistir um comediante no YouTube! fazendo uma piada (para mim, sem graça nenhuma) sobre essa questão, resolvi aqui dar a minha opinião de montanhista, alpinista, escalador ou seja lá como se queira designar.
Em março de 1923, George Leigh Mallory foi perguntado por um jornalistas do New York Times sobre "por que escalar o Everest", foi quando respondeu: "Porque ele está lá".
Se você é escalador já sabe a resposta para essa pergunta, ou pelo menos tem a sua, já uma pessoa que não vivencia ou se interessa pelo mundo do montanhismo difícilmente compreenderá o significado de concluir uma travessia em montanha, encadenar uma via, chegar a um cume depois de "trocentas" cordadas, elas se perguntam: Escalar por que? Se ferrar dias a fio pra chegar num cume e descer, pra que?!
Talvez se eu fosse perguntado por que escalo eu diria que escalo porque POSSO e principalmente porque QUERO (existem os que querem, mas não podem), poderia também citar outros motivos como as vistas maravilhosas (que só os alpinista vêem e principalmente SENTEM), o vento na cara, a liberdade, o fato de superar minhas próprias limitações físicas e psicológicas, a prática do companheirismo e cooperativismo para a consecução de um fim comum, mas principalmente uma forma de buscar a celebração da minha vida e saúde, além de esquecer (mesmo que temporáriamente) os estresses e as frustrações da rotina diária.
Enfim, escalar para mim é VIVER e pretendo MORRER VIVENDO, com o vento na cara e vencendo meus obstáculos internos, o que a meu ver é imensurávelmente melhor do que morrer GORDO, sentado numa poltrona assistindo Faustão e fazendo piadinhas super engraçadas como essa abaixo! hehehehehe... Pô, queria ouvir uma piadinha de GORDO FRUSTRADO, ia ser legal!!!
Vejam o vídeo:
Em março de 1923, George Leigh Mallory foi perguntado por um jornalistas do New York Times sobre "por que escalar o Everest", foi quando respondeu: "Porque ele está lá".
Se você é escalador já sabe a resposta para essa pergunta, ou pelo menos tem a sua, já uma pessoa que não vivencia ou se interessa pelo mundo do montanhismo difícilmente compreenderá o significado de concluir uma travessia em montanha, encadenar uma via, chegar a um cume depois de "trocentas" cordadas, elas se perguntam: Escalar por que? Se ferrar dias a fio pra chegar num cume e descer, pra que?!
Talvez se eu fosse perguntado por que escalo eu diria que escalo porque POSSO e principalmente porque QUERO (existem os que querem, mas não podem), poderia também citar outros motivos como as vistas maravilhosas (que só os alpinista vêem e principalmente SENTEM), o vento na cara, a liberdade, o fato de superar minhas próprias limitações físicas e psicológicas, a prática do companheirismo e cooperativismo para a consecução de um fim comum, mas principalmente uma forma de buscar a celebração da minha vida e saúde, além de esquecer (mesmo que temporáriamente) os estresses e as frustrações da rotina diária.
Enfim, escalar para mim é VIVER e pretendo MORRER VIVENDO, com o vento na cara e vencendo meus obstáculos internos, o que a meu ver é imensurávelmente melhor do que morrer GORDO, sentado numa poltrona assistindo Faustão e fazendo piadinhas super engraçadas como essa abaixo! hehehehehe... Pô, queria ouvir uma piadinha de GORDO FRUSTRADO, ia ser legal!!!
Vejam o vídeo:
Lançamento: Guia de escalada da região dos Três Picos.

No dia 11 março de 2008, terça-feira as 19:30 hs, no Centro
Excursionista Rio de Janeiro, será lançado o "GUIA DE ESCALADAS DA
REGIÃO DOS TRÊS PICOS" de Sérgio Tartari.
Haverá também a projeção do filme "The Wall" do próprio Serginho sobre
esta escalada no Pico Maior de Friburgo, portanto, imperdível.
Lembrando que o CERJ fica na Av. Rio Branco, 277/805, Edifício São
Borja, na Cinelândia.
Fonte: Fóruns da Femerj, HangOn, Associação da Montanha.
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Escaladores de alma, você é um deles?
Pessoal ví essa mensagem do Atila Barros na lista de discussão sobre montanhismo e lembrei da minha primeira travessia Petrô-Terê, quando fui de calça jeans, bota de couro comum e mochila Vidigal...
Escaladores de alma, você é um deles?
Nunca tive patrocínio, jamais ganhei se quer uma passagem de ônibus para Teresópolis, minha primeira mochila não foi da Mammut e minha primeira bota não era Boreal, mesmo assim eu tentei escalar.
Toda essa salada de marcas e esse mundaréu de nomes gringos na rocha às vezesme preocupam, ou melhor, me incomoda. Não sou um grande escalador, e nem estou perto dos grandes nomes da escalada no Brasil, sou fã de todos eles, como todos da minha geração que iniciaram a escalar lendo sobre as conquistas das lendas como Alexandre Portela, André Ilha, Mozart Catão, Sérgio Tartari e muitos outros. A cada vídeo de escalada que pirateava pela internet, e a cada matéria que saia nas poucas revistas de escalada no Brasil, minha vontade de escalar e ir mais longe só crescia, e não seria essa salada das marcas que me colocaria longe das rochas.
No inicio me sentia envergonhado quando caminhava com uma mochila da Trilhas e Rumos e usava a roupa mais surrada para ir a montanha, me sentia um estranho aos olhos dos já mais que preparados membros dos clubes excursionistas. Lembro-me de uma abertura de temporada de montanhismo no Rio de Janeiro, a primeira que participei, quando em uma barraca de um clube excursionista tradicional escutei a logística para se ir à travessia da Serra dos Órgãos (Petrópolis –Teresópolis), eram nomes de equipamentos que nem sonhava em ter, fora a quantidade de coisa que se tinha de lavar, mais uma vez a salada das marcas. Pensei comigo mesmo, como tinha feito este mesmo percurso três vezes sem isso tudo? Será que se tratava da mesma travessia? Será que fui negligente comigo mesmo e com meus amigos? Só fui ter a resposta anos depois.
Escalei durante muito tempo com poucas costuras e mosquetões, revezando corda emprestada de amigos e o pouco equipamento que cada um tinha. Não era o único que escalava assim, rachar uma corda entre amigos era a solução para se continuar escalando.
Hoje me deparo com a garotada que deixa de escalar porque a sapatilha ta apertando, a calça que tenho não serve para caminhar, minha camisa não é de material apropriado para ir à montanha. Já vi gente armado até o pescoço, fantasiado de escalador para fazer Top-Roupe no Grajaú (Rio de Janeiro - RJ), era tanta ferragem na cadeirinha que ficava até ruim de escalar. Parece piada mais não é. Enquanto tem gente que se vira como pode tem gente que se fantasia como quer.
Não sei se isso é fruto das lojas que impõem suas marcas ou do capitalismo que dita a poder aquisitivo até dentro do esporte outdoor. São poucos os que não se importam em estar bem vestido até para ir pro mato, talvez esse fenômeno seja mais visível nas capitais. Vejo a diferença no interior do Brasil, nas cidades mais afastadas dos grandes centros. Quando viajo para escalar no interior deMinas Gerais, vejo a garotada mandando V1 e V3 de sapatilha rasgadinha dos lados e pouco se preocupando se ta usando camisa da solo e bermuda da By. Eles só querem escalar, estar ali, perto da rocha. Sonham em ser um Chris Sharma só para mandar um Dreamcatcher 11b/11c ou correr o mundo para um dia ver uma montanhacom gelo.
Uma vez escalando em São Tomé das Letras, Minas Gerais, pude sentir na pele essa verdade. Emprestei minha Boreal para um dos meninos que escalam por lá, ele estava me dando as dicas de um bloco quando perguntei se ele queria entrar para tentar, passei minha sapatilha pra ele como sempre fazemos entre amigos que escalam juntos, ele me disse que nunca usara uma bota importada, e pouco usou uma nacional, a que ele usava era um Kichute com as travas serradas. Ele mandou o bloco sem nem mesmo suar para passar no Crux. Depois de anos tive a resposta para uma velha pergunta que fiz a mim mesmo.
"Existem dois tipos de escaladores, os de alma e os de fim de semana. Os escaladores de alma só querem estar onde deveriam, perto das rochas ou no topo de uma montanha, os escaladores de fim de semana também estão onde deveriam estar, dentro das lojas e nas listas de e-mail dando trabalho para os moderadores."
Força sempre e boas escaladas!
Atila Barros
http://www.sitedocem.org.br/
http://www.montanha.bio.br/
Escaladores de alma, você é um deles?
Nunca tive patrocínio, jamais ganhei se quer uma passagem de ônibus para Teresópolis, minha primeira mochila não foi da Mammut e minha primeira bota não era Boreal, mesmo assim eu tentei escalar.
Toda essa salada de marcas e esse mundaréu de nomes gringos na rocha às vezesme preocupam, ou melhor, me incomoda. Não sou um grande escalador, e nem estou perto dos grandes nomes da escalada no Brasil, sou fã de todos eles, como todos da minha geração que iniciaram a escalar lendo sobre as conquistas das lendas como Alexandre Portela, André Ilha, Mozart Catão, Sérgio Tartari e muitos outros. A cada vídeo de escalada que pirateava pela internet, e a cada matéria que saia nas poucas revistas de escalada no Brasil, minha vontade de escalar e ir mais longe só crescia, e não seria essa salada das marcas que me colocaria longe das rochas.
No inicio me sentia envergonhado quando caminhava com uma mochila da Trilhas e Rumos e usava a roupa mais surrada para ir a montanha, me sentia um estranho aos olhos dos já mais que preparados membros dos clubes excursionistas. Lembro-me de uma abertura de temporada de montanhismo no Rio de Janeiro, a primeira que participei, quando em uma barraca de um clube excursionista tradicional escutei a logística para se ir à travessia da Serra dos Órgãos (Petrópolis –Teresópolis), eram nomes de equipamentos que nem sonhava em ter, fora a quantidade de coisa que se tinha de lavar, mais uma vez a salada das marcas. Pensei comigo mesmo, como tinha feito este mesmo percurso três vezes sem isso tudo? Será que se tratava da mesma travessia? Será que fui negligente comigo mesmo e com meus amigos? Só fui ter a resposta anos depois.
Escalei durante muito tempo com poucas costuras e mosquetões, revezando corda emprestada de amigos e o pouco equipamento que cada um tinha. Não era o único que escalava assim, rachar uma corda entre amigos era a solução para se continuar escalando.
Hoje me deparo com a garotada que deixa de escalar porque a sapatilha ta apertando, a calça que tenho não serve para caminhar, minha camisa não é de material apropriado para ir à montanha. Já vi gente armado até o pescoço, fantasiado de escalador para fazer Top-Roupe no Grajaú (Rio de Janeiro - RJ), era tanta ferragem na cadeirinha que ficava até ruim de escalar. Parece piada mais não é. Enquanto tem gente que se vira como pode tem gente que se fantasia como quer.
Não sei se isso é fruto das lojas que impõem suas marcas ou do capitalismo que dita a poder aquisitivo até dentro do esporte outdoor. São poucos os que não se importam em estar bem vestido até para ir pro mato, talvez esse fenômeno seja mais visível nas capitais. Vejo a diferença no interior do Brasil, nas cidades mais afastadas dos grandes centros. Quando viajo para escalar no interior deMinas Gerais, vejo a garotada mandando V1 e V3 de sapatilha rasgadinha dos lados e pouco se preocupando se ta usando camisa da solo e bermuda da By. Eles só querem escalar, estar ali, perto da rocha. Sonham em ser um Chris Sharma só para mandar um Dreamcatcher 11b/11c ou correr o mundo para um dia ver uma montanhacom gelo.
Uma vez escalando em São Tomé das Letras, Minas Gerais, pude sentir na pele essa verdade. Emprestei minha Boreal para um dos meninos que escalam por lá, ele estava me dando as dicas de um bloco quando perguntei se ele queria entrar para tentar, passei minha sapatilha pra ele como sempre fazemos entre amigos que escalam juntos, ele me disse que nunca usara uma bota importada, e pouco usou uma nacional, a que ele usava era um Kichute com as travas serradas. Ele mandou o bloco sem nem mesmo suar para passar no Crux. Depois de anos tive a resposta para uma velha pergunta que fiz a mim mesmo.
"Existem dois tipos de escaladores, os de alma e os de fim de semana. Os escaladores de alma só querem estar onde deveriam, perto das rochas ou no topo de uma montanha, os escaladores de fim de semana também estão onde deveriam estar, dentro das lojas e nas listas de e-mail dando trabalho para os moderadores."
Força sempre e boas escaladas!
Atila Barros
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