Mostrando postagens com marcador animais peçonhentos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador animais peçonhentos. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Animais Peçonhentos: Aranhas

Nesse post trataremos os três principais tipos de aranhas que causam mais acidentes no Brasil. As aranhas caranguejeiras e as tarântulas (aranhas de grama), apesar de muito comuns, não causam acidentes de importância medica. As aranhas que fazem teias aéreas geométricas (circulares, triangulares etc.) não oferecem perigo, mesmo aquelas que atingem grandes dimensões.

Armadeiras (gênero Phoneutria)



Características: Tem o corpo coberto de pelos curtos de coloração marrom-acinzentada, com manchasclaras formando pares no dorso do abdômen. Podem atingir de 3 a 4 cm de corpo e ate 15 cm de envergadura de pernas. Não constroem teia.


Habitat: Terrenos baldios. Escondem-se durante o dia em fendas, cascas de árvores, bananeiras, onde há materiais de construção, lenha acumulada ou empilhada e, dentro de residências, principalmente em roupas e calçados.

Distribuição geográfica: São encontradas na Amazônia, Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

Sintomas após a picada: Muitas vezes ocorre forte dor imediata e intensa. É acompanhada de inchaço (edema) discreto no local da picada. Nos casos mais graves, que ocorrem principalmente com crianças, pode haver suor intenso (sudorese), enjôos (náuseas) c vômitos, agitação, alteração no batimento cardíaco (arritmia cardíaca) e choque.

Tipo de soro: Antiaracnídico, somente utilizado se houver manifestações graves.

Aranha Marrom (gênero Loxosceles)




Características: Têm o corpo revestido de pêlos curtos e sedosos de cor marrom-esverdeada, com desenho claro em forma de violino ou estrela. Podem atingir 1 cm de corpo e 3 em de envergadura de pernas. Não são aranhas agressivas, picando apenas quando comprimidas contra o corpo.

Habitat:
Constroem teias irregulares em fendas de barrancos, sob cascas de arvores, telhas, tijolos empilhados, atrás de quadros e m6veis, cantos de parede, sempre ao abrigo da luz direta. No interior de domicílios se refugiam em vestimentas, causando acidentes.

Distribuição geográfica: Ocorrem em todo o Brasil, porém os acidentes são mais freqüentes nos estados da Região Sul.

Sintomas após a picada: Muitas vezes a picada não é dolorosa e, por isso, não é percebida. Horas depois do acidente aparece vermelhidão, endurecimento e dor no local, que podem ser acompanhados de bolhas e escurecimento da pele (necrose). Pode ocorrer também febre, mal-estar, dor de cabeça e vermelhidão no corpo todo e escurecimento da urina.

Tipos de soro: Antiaracnídico ou antiloxoscélico.

Viúva - Negra (gênero Latrodectus)




Características: Geralmente são aranhas de cor preta, sem pelos evidentes, de aspecto liso, com ou sem manchas vermelhas no abdômen, que é bastante redondo. Algumas espécies têm coloração marrom. No ventre há uma mancha avermelhada em forma de ampulheta.

Habitat: Vivem em teias irregulares, que constroem em vegetação rasteira, arbustos e barrancos.

Distribuição geográfica:
São encontradas em todo o território brasileiro. Os poucos casos de acidentes, leves e moderados, foram notificados no litoral nordestino, principalmente na Bahia. Há menção de acidentes no Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Sintomas após a picada: Dor de média intensidade no local da picada, acompanhada de contrações musculares. Também ocorrem agitação, sudorese e alterações circulatórias.

Medidas a serem tomadas em caso de acidente:
Compressas quentes e anestesia local para alivio da dor são suficientes na grande maioria dos casos. No caso de acidentes com vulva-negra, não ha soro isponível no Brasil - o acidentado deve ser hospitalizado para controle das alterações.

FONTE:


Manual de Prevenção de Acidentes com Animais Peçonhentos:

http://www.fundacentro.gov.br/ARQUIVOS/PUBLICACAO/l/Prevenção%20de%20Acidentes%20com%20Animais%20Peçonhentos.pdf

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Animais Peçonhentos: Serpentes

Neste post trataremos principalmente as serpentes, em um outro post futuro trataremos as aranhas, escorpiões, abelhas e vespas.

Caracterização das serpentes:

Os ofídios, conhecidos também como cobras ou serpentes, são animais vertebrados e ao lado dos lagartos, jacarés e tartarugas compõem o grupo dos répteis. No mundo, são conhecidas atualmente cerca de 2.900 espécies de serpentes, distribuídas entre 465 gêneros e 20 famílias. No Brasil há representantes de 9 famílias, 75 gêneros e 321 espécies, aproximadamente 10% do total de espécies. Estes animais apresentam como características:

- Corpo alongado, coberto por escamas;

- Trocam de pele a medida que crescem, o qual acontece ao longo de toda a vida do animal;

- Não possuem membros locomotores;

- Não possuem ouvido externo. Percebem as vibrações do solo através do próprio corpo, que encontra-se em contato com o substrato;

- Os olhos não possuem pálpebras móveis, dando a impressão de permanecerem sempre abertos;

- A língua bífida, isto é, dividida em duas pontas, permite que o animal explore o ambiente, captando partículas que se encontram suspensas no ar e encaminhando-as ao órgão de Jacobson, o qual localiza-se no “céu da boca” e desempenha função semelhante ao olfato;

- Os órgãos das serpentes são como os dos demais vertebrados, porém apresentam formato alongado. As cobras, assim como as aves, não possuem bexiga, expelindo a urina juntamente com as fezes, através da cloaca.

As serpentes ocupam quase todos os tipos de ambientes do globo terrestre, com exceção das calotas polares, onde o clima frio impede a sobrevivência de animais ectotérmicos, isto é, animais que obtêm energia a partir de fontes externas, não metabólicas. Os ofídios podem ser aquáticos ou terrestres. Entre os aquáticos há os que vivem em água doce e os marinhos. No ambiente terrestre, ocupam os hábitats fossoriais, arborícolas ou terrestres, podendo viver em matas, savanas ou desertos.

Os ofídios são exclusivamente carnívoros, alimentando-se tanto de vertebrados quanto de invertebrados, os quais são engolidos inteiros, em alguns casos até 3,5 vezes o seu diâmetro. Quanto ao tamanho estes animais pouco mais de 10 cm até cerca de 10 metros, como a sucuri.

As cobras possuem os dois sexos e sua reprodução pode ocorrer de duas formas. Através da postura de ovos (ovíparas) em locais com condições de temperatura e umidade adequados ou pelo nascimento de filhotes já desenvolvidos. A quantidade de ovos ou de filhotes varia de acordo com a espécie.

Cobra: Venenosa ou Não Venenosa?

Esta é uma pergunta bastante freqüente, pois é existe uma grande variedade de serpentes e muitas delas apresentam semelhanças entre si, algumas vezes dificultando a diferenciação entre os animais que são perigosos e os que não são. Porém, existem algumas características que facilitam o reconhecimento de ofídios que podem provocar acidentes por envenenamento.

Animal venenoso é aquele que secreta alguma substância tóxica para outros animais, inclusive para o ser humano. Estas substâncias, ou venenos, podem estar presentes na pele ou em outros órgãos e tem a função de proteção contra predadores. Alguns peixes, diversos anfíbios e alguns invertebrados são exemplos de animais venenosos.

Existem animais que, além de possuírem veneno, possuem estruturas especializadas (dentes, ferrões, espinhos), capazes de inocular seus venenos. Quando isto ocorre, os animais são chamados de peçonhentos. As abelhas, marimbondos, lagartas, aranhas, escorpiões, alguns peixes e as cobras são exemplos de animais peçonhentos.

Principais características das serpentes:

As cobras consideradas venenosas ou peçonhentas possuem glândulas secretoras de veneno localizadas de cada lado da cabeça, recobertas por músculos compressores e conectadas, através de ductos, às presas inoculadoras de veneno. Estas presas têm tamanho diferenciado dos demais dentes e podem estar localizadas nas porções anterior ou posterior da boca.

Podem ser observados quatro tipos de dentição:

1. DENTIÇÃO ÁGLIFA:
Não existem dentes inoculadores e nem glândulas secretoras de veneno. Está presente em jibóia, sucuri, boipeva.
* Desenho esquemático da cabeça de uma serpente áglifa – observe todos os dentes iguais e voltados para trás.

2. DENTIÇÃO OPISTÓGLIFA: Dentes inculadores fixos, contendo um sulco por onde escorre a substância secretada pelas glândulas de veneno. Estão localizados na região posterior da boca, um de cada lado da cabeça. Este tipo de dentição é encontrado em falsas-corais, muçuranas e cobras-cipó.* Desenho esquemático da cabeça de uma serpente opistóglifa – observe o dente modificado presente na região posterior da boca.

3. DENTIÇÃO PROTERÓGLIFA: Dentes inculadores fixos, localizados na região anterior da boca. Esta dentição é característica das corais verdadeiras.
* Desenho esquemático da cabeça de uma serpente proteróglifa – observe o dente modificado presente na região anterior da boca. Estes dentes apresentam um sulco profundo através do qual o veneno penetra no local atingido pela mordida do animal.

4. DENTIÇÃO SOLENÓGLIFA: Os dentes inoculadores de veneno estão presentes e localizam-se na região anterior da boca. Estes dentes são móveis e grandes, com um canal por onde o veneno penetra no local atingido pela mordida do animal.

* Desenho esquemático da cabeça de uma serpente solenóglifa – observe o dente modificado presente na região anterior da boca.

Diferenças entre serpentes venenosas e não venenosas:

As jararacas, cascavel e a sururucu, possuem em comum, a fosseta loreal, um orifício localizado entre a narina e o olho, em cada lado da cabeça. Somente as serpentes peçonhentas possuem este órgão. Vale a pena ressaltar que existem serpentes venenosas que não possuem fosseta loreal, como é o caso das corais verdadeiras.
A fosseta loreal tem como função a captação de calor, que permite às serpentes perceberem as diferenças de temperatura no ambiente.

*Corpo coberto por escamas em forma de quilha

As cobras venenosas também apresentam como características básicas:

*Região dorsal da cabeça de serpente do gênero Bothrops (jararaca).

*Região dorsal da cabeça de serpente do gênero Crotalus (cascavel).
*Região dorsal da cabeça coberta por pequenas escamas

- As cascavéis, jararacas e surucucus apresentam dentição do tipo solenóglifo.

*Detalhe da cabeça de cascavel demonstrando as presas inoculadoras de veneno.

* As corais verdadeiras possuem dentição do tipo proteróglifo e a região dorsal cabeça coberta por placas ou escudos.*Região dorsal da cabeça coberta por placas.



Principais Serpentes Peçonhentas Do Brasil:

Estatisticamente 19% dos acidentes com serpentes acontecem nas mãos e antebraços e 80% abaixo dos joelhos, isso demonstra a importância do uso de calçados adequados em atividades ao ar livre, em locais com grande população de serpentes é indicado o uso de perneiras.
Como existem diferentes tipos de soro que variam de acordo com cada espécie, é importante que no caso de acidente a espécie seja identificada para agilizar os procedimentos no atendimento do paciente.
Continuando com os dados estatísticos, as Jararacas(gênero Bothrops) são responsáveis por 90% dos casos de acidente com serpentes no Brasil, abaixo seguem os principais tipos de jararacas.

Jararacas (gênero Bothrops)


Também conhecidas por "jararacuçu", "urutu", "jararaca do rabo branco", "cotiara", "caiçaca", "surucucurana","patrona","jararaca-pintada","preguiçosa" e outros.

Características: Coloração variada com padrão de desenhos semelhantes a um "V" invertido. Corpo fino medindo aproximadamente um metro de comprimento.
Possui fosseta loreal (orifício localizado entre o olho e a narina). A cauda é lisa e afilada.

Habitat: É encontrada principalmente nas zonas rurais e periferia de grandes cidades, em lugares úmidos e em que haja roedores (paióis, celeiros, depósitos de lenha etc.).

Distribuição geográfica: Encontrada em todo o território brasileiro.

Sintomas após a picada: Dor, inchaço e manchas arroxeadas na região da picada. Pode haver
sangramento no local, e em outras partes do corpo, como nas gengivas, ferimentos recentes e urina. É possível haver complicações, como infecção e morte do tecido (necrose) no local picado. Nos casos mais graves, os rins param de funcionar.

Tipo de soro: Antibotrópico ou antibotrópico-laquético.

A família das jararacas:

Cascavel (gênero Crotalus)

É responsável por 8% dos acidentes ofídicos registrados no país. Também e conhecida por "maraboia", "boicininga", "boiquira", "maracá" e outros.

Características: Coloração: marrom-amarelada e corpo robusto, medindo aproximadamente um metro.
Possui fosseta loreal e apresenta caracteristicamente chocalho ou guizo na cauda. Não tem por hábito atacar e, quando ameaçada, começa a balançar a cauda, emitindo o ruído do chocalho ou guizo.

Habitat: Campos abertos, áreas secas, arenosas ou pedregosas. Encontrada em algumas plantações, como café e cana.

Distribuição geográfica: Encontrada em quase todo o território brasileiro, com exceção da Floresta Amazônica (apesar de já to sido relatada a presença em locais de campos abertos), zona da Mata Atlântica e regiões litorâneas.

Sintomas após a picada: No local quase não ha alterações. A vitima apresenta visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento. Pode haver dor muscular e a urina torna-se escura algumas horas depois do acidente. O risco de afetar os rins é maior do que nos acidentes com jararaca.

Tipo de soro: Anticrotálico.

Coral (gênero Micrurus)

É responsável por cerca de 0,5% dos acidentes ofídicos registrados no país. Também conhecida por "coral verdadeira", "ibiboboca", "boicorá" e outros.

Sintomas após a picada: No local da picada não se observa alteração importante, porem a vitima apresenta visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento. Pode haver aumento na salivação e insuficiência respiratória.

Características: São serpentes de pequeno e médio porte, com tamanho em torno de um metro.
Não possuem fosseta loreal. Seu corpo é coberto por anéis vermelhos, pretos,brancos ou amarelos.Na Região Amazônica existem algumas espécies com padrão diferente, como, por exemplo, branco-e-preto. É importante prestar bastante atenção nas cores da coral. Em todo o país existem serpentes não venenosas com coloração semelhante a das corais verdadeiras: são as falsas-corais.

Habitat: Vivem no solo sob folhagens, buracos, entre raízes de árvores, ambientes florestais e próximo de água.

Distribuição geográfica: Encontradas cm todo o território brasileiro.

Tipo de soro: Antielapídico.

COMO PREVENIR ACIDENTES:

- Use sempre botas de cano alto ou botinas com peneiras, bem como luvas de raspa de couro com mangas de proteção nas atividades que ofereçam riscos para os bravos e mãos.

IMPORTANTE SABER QUE:

- O uso de botas pode evitar 80% dos acidentes.

- O uso de sapatos comuns pode evitar até 30% dos acidentes.

- Para evitar a presença das serpentes nas proximidades da residência, é importante realizar a limpeza das áreas ao redor da casa, paiol ou plantação, eliminando montes de entulho, acumulo de lixo ou de folhagens secas e alimentos espalhados no ambiente. Estas medidas evitam a aproximação de ratos, pois, como se sabe, são o principal alimento das serpentes.

- Sempre que for remexer em buracos, folhas secas, vãos de pedras, ocos de troncos ou caminhar pelos campos, use um
pedaço de pau ou graveto. Eles ajudam a evitar acidentes.

- Os vãos em portas, janelas e muros devem ser tapados. Nas soleiras das portas é necessário colocar sacos de areia (em
forma de cobra) para vedá-las. Nas janelas colocar telas, evitando-se, desse modo, a entrada de animais peçonhentos.

- Não se deve segurar as serpentes com as mãos. Mesmo quando mortas, suas presas continuam sendo um risco de envenenamento.

EM CASO DE ACIDENTES MEDIDAS A SEREM TOMADAS:

- NÃO FAÇA TORNIQUETE nem amarre o braço ou a perna acidentada. O torniquete, ou garrote dificulta a circulação do sangue, podendo produzir necrose ou gangrena e não impede que o veneno seja absorvido.

- NÃO SE DEVE CORTAR O LOCAL DA PICADA. Alguns venenos podem provocar hemorragias e o corte aumentará a perda de sangue.

- NÃO ADIANTA CHUPAR O LOCAL DA PICADA. É impossível retirar o veneno do corpo, pois ele entra imediatamente na corrente sanguínea. A sucção pode piorar as condições do local atingido.

- Não coloque folhas, querosene, pó de café, terra, fezes e outras substâncias no local da picada, pois elas não impedem que o veneno vá para o sangue. Ao contrário, podem provocar uma infecção, assim como os cortes.

- Não deixe que o acidentado beba querosene, álcool e outras substâncias tóxicas que, além de não neutralizarem a ação do veneno, podem causar intoxicação.

- Mantenha o acidentado deitado, em repouso com a parte atingida em posição mais elevada, evitando que ele ande ou corra.

- Retire anéis, pulseiras ou qualquer outro objeto que possa impedir a circulação do sangue.

- Leve imediatamente o acidentado ao serviço de saúde, para que ele receba soro e atendimento adequados.

- O soro, quando indicado, deve ser aplicado o mais breve possível e em quantidade suficiente, por profissional habilitado. Deve ser específico para a serpente que o picou. Ex.: o soro antibotrópico para picadas de jararaca não é eficaz para picadas de cascavel (deve ser o soro anticrotálico) ou de coral (soro antielapídico).

FONTES:

Site da Fundação Ezequiel Dias:
http://www.funed.mg.gov.br/animais_peconhentos/caracterizacao/index.php

Site do Instituto Butantan:
http://www.butantan.gov.br/

Manual de Prevenção de Acidentes com Animais Peçonhentos:
www.fundacentro.gov.br/ARQUIVOS/PUBLICACAO/l/Prevenção%20de%20Acidentes%20com%20Animais%20Peçonhentos.pdf

sábado, 17 de maio de 2008

Animais Peçonhentos: Lonomia

Quando se fala de animais peçonhentos logo pensamos em cobras ou aranhas mas a Lonomia Oblíqua é uma espécie de taturana que pode causar sérias complicações levando até a morte em caso de acidente. São encontradas mais na região Sul e com alguns relatos de acidente no estado de São Paulo.

Com aproximadamente 6 cm de comprimento quando adultas, estas lagartas apresentam espinhos verdes em forma de pinheirinhos sobre o corpo, chamados de scoli. O corpo é marrom escuro com uma faixa marrom (diferenciada do resto do corpo) que se estende por todo o dorso do inseto, sendo margeada por uma estreito contorno preto e este é revestido por um outro contorno branco, este mais externo.

A alimentação do animal é preferencialmente folhas das árvores silvestres e algumas frutíferas como pêssego, ameixa, abacate, goiaba, maçã e manga. Ela vive em comunidades de 80 a 100 animais, que durante o dia ficam agrupados em forma de 'tapete'.

Como prevenir acidentes:

- Na trilha observar antes de colocar a mão em troncos de árvores e raízes, olhar onde vai sentar ou encostar.

- Os acidentes ocorrem geralmente na manipulação de troncos de árvores frutíferas e jardinagem (seringueiras, araticuns, cedro, figueiras-do-mato, ipês, pessegueiros, abacateiros, ameixeiras, etc.).

- Verificar previamente a presença de folhas roídas na copa, casulos e fezes de lagartas no solo com seu aspecto típico, semelhante a grãos dessecados de pimenta-do-reino.

- Observar, durante o dia, os troncos das árvores, locais onde as larvas poderão estar agrupadas. À noite, as taturanas dirigem-se para as copas das árvores para se alimentarem das folhas;
Usar luvas de borracha, especialmente as pessoas que têm contato freqüente com as plantas.

Tratamento:

Nos acidentes por taruranas, recomenda-se aplicação de compressa de água fria no local do contato. Caso a dor seja insuportável há necessidade da aplicação de anestésico injetável local. Essa medida deve ser realizada por profissional da área médica.

Havendo sangramento, o acidentado deverá procurar auxílio médico para aplicação de soro específico.Devido ao grande número de acidentes hemorrágicos a partir de 1989, o Instituto Butantan desenvolveu o Soro Antilonômico que tem a propriedade de reverter o distúrbio causado pela taturana. Atualmente é o único tratamento eficaz .

É também de grande importância que a taturana causadora do acidente seja coletada e levada junto com o acidentado, para uma identificação correta.

Na natureza não existem vilões:

Apesar das taturanas causarem acidentes e algumas prejuízos, como pragas às lavouras, elas são importantes dentro do equilíbrio da natureza. Sabe-se, atualmente, que o surgimento de lonomias em abundância deveu-se ao desequilíbrio ambiental provocados por desmatamentos, queimadas, extermínio de predadores por aplicação de agrotóxicos e por proliferação de loteamentos em áreas preservadas. Ao encontrar taturanas, não mate-as. Colete-as e procure um profissional para a identificação correta e encaminhamento ao órgão competente. Desta forma, você estará colaborando com a ciência e preservando a natureza.

Procure o Instituto Butantan:

Para orientação sobre lagartas urticantes ou outros insetos ligue (11) 37267222 ramal 2128 – Laboratório de Parasitologia/Entomologia – e-mail: taturana@butantan.gov.br
Para orientação sobre tratamento ligue (11) 3726-7222 ramais 2188/2000 – Hospital Vital Brazil: e-mail: hospital@butantan.gov.br

Fontes:
http://www.butantan.gov.br/materialdidatico/numero6/numero6.htm
http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2376
http://www.cit.sc.gov.br/agentes_animais_lagartas_lonomia.php