
1º Dia - Salvador - Lençóis
Chegamos a Salvador à 1:00 da manhã, esperamos até as 7:00 para alugarmos o carro. Pegamos um Gol 1.6 com ar que aguentou bem as estradas de terra e seguimos para a cidade de Lençóis. A dica é utilizar a Estrada do Feijão, passando Feira de Santana e indo em direção a Ipirá e seguindo para Itaberaba. A estrada é muito boa e quase não tem caminhões.
Passando o posto policial após Feira de Santana é a primeira saída à direita, é uma saída bem discreta e não vimos placas, o que nos indicou foi o GPS, senão provavelmente teríamos passado.
Exibir mapa ampliadoChegamos em Lençóis por volta das 13:00, deixamos as coisas na Pousada das Árvores e fomos almoçar no restaurante no rio Mucugezinho onde fica o Poço do Diabo. De lá seguimos para o Morro do Pai Inácio com a intenção de vermos o por do sol, porém não subimos, pois estava chovendo e deixamos para o dia seguinte. Não é necessário pagar entrada, mas existe uma portaria onde o pessoal do GAP (Grupo Ambientalista de Palmeiras) pede uma contribuição voluntária. O ideal é chegar até as 17:00 caso você queira pegar o por do sol lá em cima, após esse horário não é permitido subir. No horário de verão esse limite deve ser alterado então convém se informar na cidade.
Cachoeira do Poço do Diabowww.pousadadasarvores.com
2º Dia
Acordamos cedo e saímos em direção a Iraquara, que fica a aproximadamente a 1 hora de lençóis, como o tempo estava melhor que no dia anterior fizemos uma parada no Morro do Pai Inácio que fica bem no caminho. A trilha de subida é fácil e leva menos de meia hora para chegar ao topo.
Vista do topo do Morro do Pai InácioEm Iraquara fica a gruta da Pratinha e na mesma propriedade a Gruta Azul. Paga-se R$15,00 por pessoa para visitar as duas atrações. Existe a possibilidade de fazer flutuação na gruta da pratinha pelo preço R$20,00 por pessoa, mas optamos apenas por nadar na lagoa. O local fica em propriedade particular e conta com restaurante e banheiros.
Gruta Azul
Gruta da Pratinha
Gruta da Pratinha
Lagoa da Pratinha
Lagoa da PratinhaSaindo da pratinha fomos para a gruta da Lapa Doce onde é feito um passeio pela caverna que conta com várias formações e tem aproximadamente 900m de percurso, não existe água na gruta que também está em propriedade particular e paga-se R$10,00 por pessoa para fazer o passeio acompanhado obrigatoriamente por monitor.
Entrada da Lapa Doce
Uma das formações da Lapa Doce3º Dia - Cachoeira da Fumaça

Acordamos cedo já com todas as coisas arrumadas, deixamos a cidade de Lençóis e partimos para fazer a trilha da cachoeira da fumaça por cima. A entrada da trilha fica no Vale do Capão passando pela cidade de Palmeiras. Atravessando a cidade, é só seguir as placas e perguntar para o pessoal da cidade, não tem erro. Entra em uma estrada de terra em boas condições, após passar pelo Pau Ferro, entra à esquerda, segue pela estrada e logo você chega em um vilarejo onde fica a entrada da trilha.
Parte alagada da trilhaA trilha é bem batida, não utilizamos guia e não tivemos dificuldade. A trilha tem aproximadamente 6km, iniciando com uma subida íngreme e ficando praticamente plana pelo resto do percurso. Um pouco antes de chegar à cachoeira, em algumas épocas do ano, você tem que passar por um trecho alagado, sendo necessário retirar os calçados.
Vista da cachoeira pelo lado direito.Ao fim da trilha, seguindo pela direita é possível ver a cachoeira quase de frente, com uma bela vista de todo o vale. Seguindo pela esquerda e cruzando o riacho, chega-se a um platô (mirante) onde se tem uma vista de toda a cachoeira. No platô, é bom ter cuidado, pois se cair, já era!
Platô
Vista da cachoeira do platôRetornamos e seguimos para Mucugê, por dentro, sentido Guiné. É uma estrada de terra, não muito boa, não existem muitas placas indicativas. Demoramos cerca de 2h para fazer este trecho de aproximadamente 60km. O ideal é abastecer o carro no primeiro e único posto de Palmeiras, na entrada da cidade, pois o próximo posto é somente em Mucugê. Nos hospedamos na pousada Monte Azul, muito aconchegante e com um café da manhã muito completo, onde comemos praticamente um almoço.
www.pousadamonteazul.com.br
Visual da trilha4º Dia - Poço Encantado e Poço Azul
Logo cedo, pegamos a BA 142 em direção a Itaetê, com destino a um dos principais atrativos da Chapada: o Poço Encantado. Há uma placa na BA indicando o acesso ao poço, que fica em propriedade particular. Após sair da Ba, segue por uma larga estrada de terra que dá acesso tanto para o Poço Encantado, como para o Poço Azul. Para o Poço Encantado, sai à direita numa estrada de terra secundária, após uma placa indicativa e segue por aproximadamente 6km. Para visitar o poço é necessário pagar a taxa de $20,00 por pessoa.
A visita é feita em grupos de 10 pessoas, em quinze minutos, acompanhados pelo condutor do local e o banho não é permitido. Como tinha somente nosso grupo, ficamos no local por mais tempo e tivemos a sorte de ver o feixe azul formado pelo raio de sol. Segundo os guias, isso ocorre somente entre abril e setembro. O ideal é ir em dias ensolarados e no período da manhã até as 14h.
Poço EncantadoSaímos do Poço Encantado por volta das 11h e seguimos para o Poço Azul. Da estrada de terra principal até o Poço Azul, são 18km. Não existem muitas placas no caminho, o que gera um pouco de dúvida. Seguindo na estrada, em determinado ponto você vê uma vila à direita, mas o caminho é seguindo reto em direção à Fazenda Moreno, até chegar no Rio Paraguassu.
Poço AzulEstacionamos o carro e atravessamos com uma canoa motorizada (uma voadeira), pagando o valor de $4,00 por pessoa. Para entrar na propriedade particular onde fica o Poço Azul paga-se $10,00 por pessoa. O local tem banheiros e o ótimo restaurante da Dona Alice. É possível flutuar no poço, com colete salva-vida obrigatório. Eles fornecem máscara de mergulho e snorkel. A experiência é sensacional e recomendo à todos. Se você tiver caixa estanque, irá fazer ótima fotos. Caso não tenha, o Israel, um dos proprietários e condutor ao poço, pode tirar ótimas fotos e você já sai de lá com o CD de fotos na mão.
FlutuaçãoRetornamos para Mucugê, tomamos um banho e fomos ao centro da cidade jantar uma deliciosa pizza no Café.com. Se aceitarem sugestão, peçam a pizza “Vale do Capão”. Vale a pena passar pelo Cemitério Bizantino que fica muito bonito iluminado à noite.
Cemitério a noite5º Dia Projeto Sempre Viva e Vila de Igatu
Neste dia acordamos um pouco mais tarde, pois o roteiro seria mais tranqüilo e aproveitamos para descansar um pouco. Passamos rapidamente para conhecer o Cemitério Bizantino que fica bem próximo à pousada, na beira da BA 142. Seguindo pela mesma estrada, fomos visitar o Projeto Sempre Viva que tem por finalidade preservar e reproduzir uma variedade de sempre viva (flor) ameaçada de extinção.
Neste complexo também visitamos a Cachoeira da Piabinha, onde é possível banhar-se e seguimos por uma trilha fácil até a Cachoeira do Tiburtino. Paga-se R$10,00 de entrada por pessoa.
Cachoeira da Piabinha
Cor da água da Cahapada Diamantina
Cachoeira do Tiburtinowww.projetosempreviva.com.br
Voltamos para a Ba 142 e seguimos para Igatu. Na estrada há uma placa que indica o acesso à vila, mas tem que prestar atenção, pois a placa é bem na entrada.
Ruínas de IgatuSegue-se por 6km em uma estrada de terra ruim até chegar ao vilarejo. O passeio vale a pena, pois você pode ver as “Ruínas de Igatu”, antigo vilarejo de casas de pedras construído no período do garimpo e que foi abandonado após a decadência do mesmo.
Ruínas de Igatu6º Dia – Cachoeira da Fumacinha por cima.
Saímos de Mucugê já com todas nossas coisas no carro, pegamos a BA 142, sentido sul em direção à Cascavel, onde segundo nos informaram ficava o início da trilha. Nas atrações de Ibicoara (Cachoeira da Fumacinha e Buracão) é obrigatório a contratação de guia, porém, como saímos de Mucugê direto para Cascavel arriscamos ir sem guia para fazer a Fumacinha por cima.
Parte plana da trilhaNo Vilarejo de Casacavel, não existe placas e poucas pessoas sabiam informar onde era o início da trilha, que fica no povoado de Campo Alegre. Deixamos o carro na sombra de uma árvore, na beira de uma estrada de terra, que demarca o início da trilha.
Gerais do Machambongo ao fundoEla segue discreta em direção ao vale, iniciando com uma subida moderada e depois fica plana, onde anda-se grande parte do tempo com vista para os Gerais de Machambongo.
Parte plana da trilha Por volta de 1h30 de caminhada chega-se à beira de um rio. Neste ponto, resolvemos voltar, pois estávamos no meio da viagem para Ibicoara e tivemos problemas com o protetor do cárter do carro e já era quase 16h30 da tarde, portanto não chegamos até a Cachoeira da Fumacinha por cima.
Protetor do cárter caídoVoltamos novamente para a BA 142 até a cidade de Ibicoara. Dormimos na Pousada Ibicoara que fica no centro da cidade. É uma pousada bem simples e o pessoal muito receptivo e simpático.
7º Dia Cachoeira do Buracão
EspalhadoNa noite anterior, o pessoal da pousada indicou um guia para nos levar à Cachoeira do Buracão. É obrigatório estar com um guia credenciado da cidade. O nosso guia, Márcio, da Associação de Guias Bicho do Mato, cobrou R$ 100,00 pelo dia para levar 06 pessoas, pois um casal que estava na pousada também foi conosco.
Cachoeira do BuraquinhoO passeio leva o dia todo, é interessante levar água, lanche de trilha e protetor solar. Para entrar na cachoeira paga-se, além do guia, R$ 20,00 de entrada por pessoa. A trilha é fácil, não há trechos íngremes e o visual é muito bonito.
Cachoeira das OrquideasA primeira parada é no Espalhado, junção de alguns rios. Logo após chegamos em um mirante onde vemos a cachoeira do Buraquinho, prosseguimos acompanhando o rio, passamos pela Cachoeira das Orquídeas até chegar no Recanto Verde.
Cachoeira do Recanto VerdeUm pouco abaixo, o guia já nos fornece coletes salva-vidas (uso obrigatório) para chegarmos até a Cachoeira do Buracão. Há duas formas: ou pelas pedras, passando por uma pinguela, ou nadando pelo cânion, contra a correnteza. Como o volume d’água estava alto, fomos nadando, pois a pinguela estava molhada e escorregadia. Porém, independente disso, iríamos nadando de qualquer forma! A experiência é mais divertida e o visual deslumbrante, porém não foi possível tirar fotos, pois não deu para levar a câmera.
Cânion do buracãoA dica é levar caixa estanque ou máquina fotográfica a prova d’água. No retorno é possível tirar fotos de cima da cachoeira.
Cachoeira do Buracão vista por cimaPara quem quiser contratar o Márcio:

Nesta noite dormimos na pousada e de madrugada saímos de volta à Salvador.
Cachoeira do Buracão vista por cima
Pousada Ibicoara: 77-3413-2276
É noisObservações Finais:
Melhor Época:
O Parque Nacional da Chapada Diamantina pode ser visitado em qualquer época do ano. No verão, de Dezembro à Março, é o período que chove mais e as cachoeiras ficam mais volumosas, mas é entre Abril e Setembro que o raio de luz entra no Poço Encantado.
Mapa do circuito que fizemos:
Exibir mapa ampliado O guia abaixo é muito difundido na região e acabamos comprando porém na minha opinião ele é um guia muito mais comercial que orientativo, traz uma grande relação de estabelecimentos comerciais nas cidades e trata superficialmente as informações necessárias para você se virar sozinho, tipo como chegar, trilhas, passeios, etc.
Eu não recomendo.